O "incompleto" é a causa de tudo ser infinito


Ser incompleto é a única forma de expressão possível em todas as dimensões da existência.
É a única forma de ser.
Qualquer que seja a expressão do universo há sempre mais.
Nunca nada foi concluído. O que começou nunca acabou.
Nunca nada mais começou porque também nunca nada terminou.
A existência em toda a sua diversidade tem de ser incompleta para nunca ter fim;
Tudo é um processo.
Nada que não seja incompleto tem espaço para existir
Porque a realidade é feita de movimento, energia, relações, interacções, busca pela complementaridade.
É a busca que gera o movimento
mas o movimento é que é vivido, é que é real.
O incompleto é o processo. O imperfeito é a essência e a causa do movimento que busca a complementaridade e a perfeição. É o motor.
O completo é a ideia abstracta da soma de tudo o que é incompleto. É menos real ou menos papável.
O completo é a meta.
O incompleto é a viagem ( o lugar mais próximo daquilo a que posso chamar de real.)
É o incompleto que gera movimento;
É o incompleto que gera diversidade;
O incompleto é a causa de tudo ser infinito.
Aprender a amar o imperfeito acontece quando se entende que é à imperfeição que devemos o desenrolar das coisas.
A perfeição é o vazio, é a ausência de movimento;
É estanque porque nada procura nem a nenhum lado quer chegar.
O universo, as nossas vidas e tudo o que percepcionamos é o fruto do movimento da frequência criada pelo incompleto (motor) buscando ser completo (meta). – São conceitos complementares.
Perfeição e imperfeição; completo e incompleto – são um só processo.

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